Medidas Contra o Tabagismo

Se olharmos para o tabagismo como uma evolução epidemiológica, veríamos que a sua curva é crescente, com alguns altos e baixos, que chegaria a certo ponto que teria um cume, e que voltaria a decrescer, de uma forma muito lenta. Neste acontecimento, seguem-se outras curvas, um pouco atrás da curva do tabagismo, cerca de vinte anos antes, que correspondem às doenças que são consequências do tabagismo, como o cancro do pulmão, da doença pulmonar obstrutiva crónica e outras doenças respiratórias.

Apesar de toda a pesquisa e estudo, e das intervenções na área das doenças provocadas pelo tabagismo, estas continuam. No entanto é certo que se houver uma luta interessada contra o tabagismo, as pessoas vão deixar de fumar e consequentemente depois de alguns anos as mortes por doenças que são consequências do tabagismo também vão diminuir, nomeadamente as provocadas pelo cancro do pulmão.

Na Finlândia, na década de sessenta o tabagismo era muito comum: quase 60% dos homens maturos fumavam. No entanto, na década de 70 este número de fumadores foi reduzido para 40% devido a medidas de sensibilização contra o tabagismo e a proibição de fumar em determinados locais públicos, e consequentemente a taxa de mortalidade causada por cancro do pulmão também diminuiu três décadas mais tarde, em quase 50%.

No caso da Finlândia como o tabagismo foi considerado um problema à alguns anos atrás, hoje conseguimos perceber os efeitos das medidas contra o tabagismo tomadas naquela época e perceber o efeito que estas tiveram na saúde dos fumadores. O mesmo aconteceu nos USA. Estes casos são uma prova viva de que é possível lutar contra o tabagismo, no entanto é necessário ser rigoroso e estratégico nas medidas tomadas e paciência, porque como vimos acima os efeitos só se fazem notar década depois, como aconteceu na Finlândia, USA e Reino Unido. Por outro lado, em países como Portugal em que o tabagismo teve o seu auge mais tarde, ainda continua em curva crescente.

O tabagismo é e deve ser um problema que deve ser combatido pois as consequências do tabagismo abrangem não só os que fumam, mas os que os rodeiam assim como os serviços de saúde, pelo aumento exponencial do número de casos de cancro do pulmão e da taxa de mortalidade adjacente a esta patologia.



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