Zonas de guerra e zonas fortemente industrializadas diminuem a esperança de vida

A guerra pode tirar a vida aos que combatem, o que acontece com frequência. Mas, além das mortes dos militares, os civis também sofrem muito com a diminuição da esperança de vida. Cada ano passado numa zona de guerra pode traduzir-se numa redução de cerca de seis meses de vida.

Não faltam exemplos sobre os custos directos da guerra. Calcula-se que cerca de 10 milhões de civis tenham perecido na Primeira Guerra Mundial e na Segunda Guerra Mundial morreram mais civis (35 milhões) do que militares (25 milhões). A bomba atómica lançada sobre Hiroshima ceifou a vida a 80 mil inocentes de uma só vez. O Agente Laranja, a arma química usada durante a Guerra do Vietname, continua, há décadas, a provocar a destruição de vidas humanas.

As consequências indirectas da guerra são ainda mais significativas, talvez, independentemente da zona em que o conflito ocorre: a guerra abala as comunidades e destrói ínfraestruturas como hospitais, escolas, sementeiras e sistemas de distribuição de água. Os civis que são obrigados a fugir das suas casas perdem as suas fontes de rendimento e a sua segurança e são empurrados para refúgios temporários esquálidos, onde sobrevivem mal alimentados e se arriscam mais a contrair doenças.
A resposta simples, evidentemente, é que é mais fácil evitar as zonas de guerra se desejarmos ter uma vida longa e saudável – a menos que façamos parte de um povo oprimido ao qual a guerra trará a libertação e melhores condições de vida. Neste caso, talvez o tipo de guerra adequado possa prolongar a esperança de vida…

Zonas fortemente industrializadas

É assustador pensar que o ar que respiramos pode matar-nos, mas a investigação científica tem demonstrado que viver nas zonas mais industrializadas pode afectar a esperança de vida por causa da poluição atmosférica. O risco de poluição tem estado a diminuir lentamente graças às determinações da Convenção das Nações Unidas que, nos últimos 25 anos, permitiram reduzir a poluição causada pelo enxofre na Europa.

As partículas poluentes são libertadas na atmosfera durante a queima de combustíveis fósseis e de madeira – os escapes dos veículos, por exemplo, emitem nuvens destas partículas, que também se podem formar na atmosfera devido a misturas de gases poluentes. As partículas maiores caem rapidamente no solo, mas as mais finas permanecem muito mais tempo na atmosfera e podem ser levadas pelo vento para muito longe das fontes de emissão.

A Organização Mundial de Saúde avisou que a exposição a estas partículas finas pode causar muitos problemas de saúde, nomeadamente nos pulmões, devido à sua inalação. Este tipo de poluição também pode provocar o aparecimento ou o agravamento de doenças respiratórias e cardiovasculares

Por isso, faça as malas e mude-se para o campo ou, melhor ainda, comece a pressionar o seu representante do poder local!



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