Como Cuidar dos meus pés?

Cuide dos seus pés

Muitas vezes, diz-se duma pessoa, bem viva e em plena forma, que tem “olho vivo e pé ligeiro”. E preciso, naturalmente, ter olho vivo para se mexer bem, mas também pé ligeiro, porque o pé, órgão modesto e demasiadas vezes desprezado, é o “nervo” do movimento e o meio mais habitual e fácil de deslocação. Ora, nós andamos muito: ao ponto de dar entre 5.000 e 10.000 passos por dia, o que perfaz, durante uma vida inteira, várias voltas em redor da Terra.

Modelo de engenho técnico, saudado por Leonardo da Vinci, que estudou minuciosamente a sua arquitectura, o pé é composto por 26 ossos e 33 articulações, ligados entre si por uma centena de ligamentos e diversas centenas de nervos. Com uma estrutura particularmente sólida, o pé adapta-se, com flexibilidade, aos diferentes movimentos e aos diferentes terrenos, desde que seja tratado com o respeito que merece. Infelizmente, não é isso que acontece em muitos casos. Mais de metade dos adultos queixam-se das pernas ou dos pés.

A Limpeza: o mais importante

Tal como o resto do corpo, ou ainda com maior frequência, lave os pés em água quente, especialmente ao fim do dia, quando eles se encontram um pouco sujos, devido à transpiração. Lave-os, cuidadosamente, com sabão, sem esquecer as pregas da pele, e seque-os bem, inclusive nessas pregas. Esfregue, delicadamente, as zonas calejadas com uma pedra-pomes, para evitar o endurecimento excessivo da pele, sobretudo na planta do pé, que é uma zona de fricção crónica. Se a pele estiver já muito dura e seca, aplique um pouco de vaselina salicilada.

Corte regularmente as unhas, com um bom corta-unhas, mas não demasiado curtas, e em ângulo recto (ou seja, perpendicularmente ao eixo dos dedos do pé, sem arredondar os cantos). Lime, simplesmente, as extremidades e limpe os dois lados da unha, com um palito oval, a fim de evitar as dolorosas unhas encravadas. Estas apresentam-se, na maioria das vezes, nos dedos grandes.

A borda da unha, mal cortada ou sob a pressão de sapatos muito apertados, ou, ainda, cujo tacão demasiado alto empurra os dedos do pé contra a biqueira, penetra na carne e pode provocar não só irritação, mas uma verdadeira infecção, que pode ser extremamente dolorosa.
Por isso, se tiver uma unha encravada, procure a causa e elimine-a sem demora, mesmo que tenha de renunciai- a uma certa estética, ligada a modas passageiras. Mergulhe o pé afectado em água quente salgada e, quando a unha estiver amolecida, meta-lhe por baixo um pouco de algodão, o que impedirá a unha de entrar em contacto directo com a pele. Vigie a evolução da ferida e calce apenas sapatos suficientemente largos ou, se possível, sandálias abertas.

Conserve os pés bem secos. Os banhos de água fria podem trazer-lhe algum alívio. Se notar a presença de pus ou de inchaço, vá ao médico. Se costuma transpirar muito, mude de meias sempre que necessário, prefira calçado arejado e mude-os também com frequência. Além disso, ande descalço sempre que possível. Polvilhe os pés com talco, depois de os lavar com água morna e de os secar cuidadosamente.
Normalmente, o pé produz cerca de 30 mililitros de suor por dia. Portanto, convém ter cuidado com a higiene, mas também com o movimento, porque o pé representa um importante “ponto de transição” circulatório. Uma circulação deficiente provoca graves problemas nas pernas e nos pés. Por isso, também neste caso, é conveniente andar descalço com regularidade ou com sandálias bem arejadas. Além disso, faça longos passeios a pé e alguns exercícios específicos: movimente os dedos e, para evitar as cãibras, puxe o pé para trás.



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