O parceiro sexual

Uma outra questão que muito condiciona e afecta a sexualidade na 3ª idade é a existência de um parceiro sexualmente apto e funcional. Tanto na morte como na doença, muitas vezes é por manifesta falta de parceiro que a sexualidade não segue o seu curso normal.
O sexo feminino é o que enviuva mais frequentemente e que mais vezes assume o papel de cuidar de um parceiro doente e disfuncional. Assim, não é de estranhar que uma das principais causas apontadas para a falta de sexo entre casais idosos seja a disfunção sexual masculina, consequência destes factores. A mulher viúva terá sempre mais dificuldades de encontrar , um novo par, já que para além da sua maior longevidade e consequente falta de parceiros com a mesma idade, o relacionamento com homens mais novos não pertence ao imaginário  colectivo sendo claramente mais censurado pela sociedade.

No caso de viuvez, os filhos usualmente não costumam apoiar o aparecimento de novos relacionamentos, por questões tão variadas como problemas de herança, pertenço respeito à memória  do ente falecido e a crença que o sexo é moralmente ofensivo  nestas idades.
Quanto à pessoa viúva, sentimentos de vergonha, traição, insegurança perante um novo parceiro, ansiedade de desempenho e  medo perante as novas expectativas, podem ser factores que colocam entraves à vivência de novas experiências sexuais.
No casal e tal como já foi dito, a existência de uma actividade  sexual prévia e gratificante é um bom indicador para que a adaptação imposta pela idade seja bem sucedida. Tal como noutras fases da vida é necessário um esforço para que os parceiros se reencontrem, reinventem, comunicando e partilhando, na intimidade e com erotismo, novas e satisfatórias experiências, para que a monotonia e o tédio não se instalem e minem a relação.
Nesta fase, o facto de os filhos terem saído de casa e a ausência da preocupação contraceptiva, bem como o aumento de tempo disponível, podem ser factores para uma sexualidade plena e cheia de prazeres.



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