A importância de uma alimentação saudável na mulher grávida

Numa mulher grávida surgem uma série de alterações corporais, fisiológicas e mesmo psicológicas, exigindo um cuidado maior consigo própria, principalmente no que diz respeito à alimentação, sendo importante o acompanhamento de um nutricionista.

A nutricionista tem um papel preventivo, no sentido de evitar que a mulher grávida aumente de peso mais que o recomendado, pois o peso acima do normal prejudica a condição de saúde da mulher grávida, podendo levar a hipertensão, doença renal, diabetes gestacional entre outros, e também pode dificultar o trabalho de parto, podendo levar à morte do bebé. Contudo, não deve optar por uma dieta para emagrecer, pois estas afectam, na maior parte das vezes, o desenvolvimento fetal. Por isso deve optar por alimentação saudável e equilibrada, restringindo as gorduras e açúcar, e aumentar o exercício físico, consoante a sua capacidade.

Antes de engravidar, é importante perder peso quando este for superior ao aconselhado. Esta opção de emagrecer é dispensável quando tem um peso razoável, visto que aumentos ponderais até 10% acima do peso de referência podem ser benéfico tanto para a mulher grávida como para o feto. Por isso sempre antes de optar por uma dieta para emagrecer, consulte a nutricionista, de forma a ter uma avaliação nutricional para evitar qualquer carência nutricional ou perda de tecidos nobres, pois seria maior o prejuízo que o beneficio. Actualmente o que é aconselhado pelos profissionais de saúde é que uma mulher obesa que quer engravidar deve, antes de engravidar, emagrecer de forma saudável e equilibrada até um peso aceitável, e que espere 3 meses até engravidar, no sentido de se fazer uma avaliação nutricional que permita o desenrolar de uma gravidez saudável, caso contrário, o feto poderá sofrer graves consequências que o podem prejudicar futuramente. Para a criança é mais prejudicial o baixo peso da mãe, do que um peso de grau moderado ou médio de sobrecarga gorda. Sendo assim a nutricionista deve acompanhar a grávida que está emagrecida, no sentido promover uma alimentação saudável, ou evitar que a mulher grávida opte por dietas para emagrecer drásticas.

A nutricionista também faz uma avaliação nutricional da mulher grávida, a qual deve estar bem nutrida e com um bom estado geral: pele sadia, cabelo forte, unhas resistentes e um hemograma e ferro sérico com valores normais altos, para que possa resistir às infecções.

A mulher grávida também deve estar desparasitada, ter o hábito de evacuar todos os dias, e ter o sistema digestivo a funcionar correctamente, não sendo aconselhado a ingestão de bebidas alcoólicas, alimentos com aditivos tóxicos, assim como o tabaco, sal, chá e café.

Quando surge uma gravidez não planeada, e a mulher não tem uma alimentação saudável ou uma nutrição adequada, esta deve ser imediatamente corrigida, pois o feto, nas primeiras semanas é mais susceptível à nutrição da mãe, principalmente a tóxicos, incluindo o álcool e alguma medicação.

Para que a gravidez decorra sem riscos, deve haver um planeamento familiar: é fundamental que a mulher esteja em boa condição nutricional, que se alimente adequadamente, e que evite o consumo de bebidas alcoólicas e outros produtos tóxicos que sejam nocivos à concepção. Um grupo de risco, são as grávidas adolescentes, pois estas precisam de uma alimentação mais rica e cuidada, pois este grupo etário também está em desenvolvimento, pelo que necessitam de mais energias e mais nutrientes. Além de uma avaliação nutricional e um acompanhamento adequado, as grávidas adolescentes carecem de compreensão e aceitação, para que estas não omitam o seu estado, os seus medos e dúvidas, pois é nesta faixa etária que há maior taxa de mortalidade neonatal por mau desenvolvimento fetal, maior percentagem de recém-nascidos prematuros, malformações congénitas e trabalho de parto custoso.

Quando as deficiências nutritivas são graves, a mulher normalmente ou não concebe, ou aborta, ou concebe um filho débil com probabilidade de vir a falecer nos primeiros dias de vida. Quando as deficiências nutritivas são ligeiras, a criança pode nascer prematura, com uma resistência abaixo do normal, ou com algumas malformações, enquanto que a mãe pode desenvolver anemia, descalcificação óssea e articular, deterioração orgânica, sendo que aumenta a probabilidade de contrair infecções.

Como já foi referido anteriormente, e pelos motivos aqui descritos, a alimentação saudável durante a gravidez é essencial, por este motivo em muitos países tem sido desenvolvidos programas de educação alimentar dirigidos à mulher grávida ou que pretende engravidar, os quais são expostos em consultas de planeamento familiar.

Inicialmente deve vigiar o peso: durante o primeiro trimestre a mulher grávida não deve engordar mais do que 2kg, até à 20ª semana deverá ter aumentado 4 a 5 kg, até à 30ª semana mais 8,5 a 10 kg e até ao fim do tempo, a grávida deve ter ganho mais 14 kg no máximo.

Actualmente os investigadores aconselham um aumento médio de peso no desenrolar da gravidez de 13,6kg, que corresponde a um bom desenvolvimento fetal e um peso de 3,6 kg no recém-nascido, assegurando um trabalho de parto em boas condições.

Para uma mulher grávida ou que pretende engravidar é cada vez mais relevante que adquira hábitos de vida saudáveis, como o exercício físico adequado, uma alimentação adequada de forma a evitar aumentar de peso mais que o recomendado, devendo reduzir o sal, gorduras e açúcar, e mantendo sempre um peso estável de acordo com o que é pretendido, pois assim assegura um bom desenvolvimento fetal e um bebé sem complicações.



2 Comentários to “A importância de uma alimentação saudável na mulher grávida”
  1. Rafaelly
  2. irina bernardino

Responder a irina bernardino Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.