Ansiedade, Stress e Depressão

O stress rodeia-nos. Tornou-se parte da vida diária. Mas ao longo do tempo, os seus efeitos podem-se tornar cansativos, tanto a nível mental como físico. O stress torna-se um problema, quando você se sente oprimido/a pelos seus desafios. Embora isto seja difícil de definir, não significa que esteja tudo na sua cabeça. Uma pesquisa descobriu que podem ocorrer significativas mudanças biológicas, no corpo, durante períodos de stress. Longos períodos de stress podem causar mudanças destrutivas no corpo, como depressão e um sistema imunitário debilitado, o que pode eventualmente levar a doenças cardíacas, cancro e derrame. Se, se sentir stressado/a, pode estar na altura de procurar algum alívio. Pesquise sobre o stress: como identificá-lo e como encontrar alívio.

Ansiedade

Algum grau de ansiedade é perfeitamente normal. Todos nós experimentamos situações que nos causam medo e apreensão. No entanto, existem pessoas que se sentem ansiosas, mesmo quando não há nenhuma causa discernível. Nestes casos, a ansiedade torna-se esmagadora e pode interferir com as tarefas do dia-a-dia. As pessoas que regularmente têm um nível de ansiedade debilitante, sofrem do transtorno de ansiedade.

Depressão

anxiedade, como uma curtina pretaAlgumas pessoas descrevem a depressão como uma, pesada, cortina preta de desespero que envolve as suas vidas. A depressão afecta a sua vida, assim como as vidas daqueles ao seu redor. Pode perturbar gravemente o seu funcionamento como pessoa, a forma de comer, de dormir e de conviver com os outros. Embora a maioria das pessoas que sofrem de depressão pensem que sofrem sozinhos, cerca de 20% da população americana sofre de depressão. A depressão é uma doença, e como qualquer outra doença pode ser tratada e gerida.

A ligação entre a depressão e a ansiedade

Os transtornos da depressão e da ansiedade não são os mesmos, embora à primeira vista pareçam muito semelhantes. A depressão gera emoções como o desespero, desesperança e raiva. Os níveis de energia são geralmente muito baixos e as pessoas deprimidas (muitas vezes) sentem-se sobrecarregadas pelas tarefas do dia-a-dia e relacionamentos pessoais, tão essenciais à vida. Uma pessoa com transtorno de ansiedade, no entanto, sente pânico, medo ou ansiedade em situações onde a maioria das pessoas não se sentem ansiosas ou ameaçadas. O doente pode sentir pânico súbito ou ataques de ansiedade sem saber o que desencadeou essa situação e pode viver com uma preocupação ou ansiedade constante. Sem tratamento, tais distúrbios podem restringir a capacidade da pessoa trabalhar, manter relações, ou mesmo de sair de casa.

Tanto a ansiedade como a depressão são frequentemente tratadas da mesma maneira, o que pode explicar o por quê dos dois distúrbios serem confundidos. Frequentemente é utilizada medicação antidepressiva, para a ansiedade, enquanto a terapia comportamental, com frequência, ajuda as pessoas a superar ambas as condições.

Por que é que a depressão e a ansiedade estão ligadas?

Embora ninguém saiba exactamente por quê, um grande número de depressões é acompanhado de ansiedade. Num estudo, 85 % das pessoas com depressão grave, também foram diagnosticados com transtorno de ansiedade generalizada, enquanto 35 % tinham sintomas de transtorno do pânico. Outros transtornos de ansiedade incluem transtorno obsessivo-compulsivo e pós-traumático (TEPT). A ansiedade e a depressão andam de mãos dadas, por isso, são ditas serem, os gémeos fraternos dos transtornos de humor.
Acredita-se ser causado em parte por um mau funcionamento da química do cérebro, a ansiedade generalizada não é a apreensão normal que se sente antes de fazer um exame ou enquanto se aguarda o resultado de uma biopsia. Uma pessoa com um transtorno de ansiedade sofre com o que o presidente Franklin Roosevelt chamou de “o próprio medo.” Por uma razão que só é parcialmente conhecida, o mecanismo do cérebro, de luta ou fuga, é activado, mesmo quando não existe ameaça real. Estar cronicamente ansioso é como ser perseguido por um tigre imaginário. A sensação de estar em perigo nunca vai embora.
“Ainda mais do que a depressão era a minha ansiedade e agitação que se tornaram a definição dos sintomas da minha doença. Como crises epilépticas, uma série de ataques de ansiedade frenética que desciam sobre mim sem aviso prévio. Meu corpo estava possuído por uma força demoníaca, caótica, que levava à minha agitação, que violentamente batia no peito ou na minha cabeça. Esta autoflagelação parecia fornecer uma saída física para o meu tormento invisível, como se eu estivesse a deixar sair vapor de uma panela de pressão.”
Douglas Bloch, MA, autor de “Cura da depressão”.

Estar ansioso e deprimido ao mesmo tempo é um tremendo desafio. Os médicos têm observado que quando a ansiedade ocorre “morbidamente” com a depressão, os sintomas de depressão e ansiedade são mais graves quando comparados com aqueles que ocorrem de forma independente. Além disso, os sintomas da depressão levam mais tempo a resolver, tornando a doença mais crónica e mais resistente ao tratamento. Finalmente, a depressão agravada pela ansiedade tem uma taxa de suicídio muito maior do que a depressão por ela própria. (Num estudo, 92 % dos pacientes deprimidos que tentaram o suicídio, também estavam atormentados pela ansiedade grave.) Como o álcool e barbitúricos, a depressão e a ansiedade são uma combinação mortal quando o paciente as tem em conjunto.
Infelizmente, mais de 60 % dos casos de depressão grave são acompanhados por vários níveis de sentimentos e comportamentos de ansiedade.

A relação entre a depressão e a ansiedade

Embora a depressão seja (muitas vezes) considerada como um estado “de baixa energia”, o oposto também é verdade.
No interior, a pessoa deprimida (muitas vezes) experimenta muita ansiedade. Isso pode levar a ataques de pânico.
Ter ataques de pânico pode ser algo deprimente. Qualquer falta de controlo sobre as nossas próprias vidas, pode contribuir para a depressão.

Aqui estão algumas técnicas que são comummente usadas ​​para tratar a ansiedade leve e grave.

1. Medicamentos

. Os medicamentos mais frequentemente usados ​​para tratar a ansiedade são, uma classe de medicamentos conhecidos como benzodiazepínicos (também chamados de “tranquilizantes menores”). Estes incluem Xanax, Ativan e Klonopin. O principal problema com estas substâncias é o seu potencial para a tolerância, dependência física e a probabilidade de recorrência de sintomas de ansiedade e de pânico quando a medicação é interrompida. Por isso, são mais utilizados para o tratamento da ansiedade e do pânico (de curto prazo). A ansiedade é frequentemente associada com transtornos depressivos, por isso, é essencial tratar a depressão subjacente juntamente com o transtorno de ansiedade. Quando a depressão é curada, os sintomas de ansiedade, muitas vezes, diminuem. Para algumas pessoas, a erva Kava (uma das alternativas naturais para Prozac), proporciona alívio da ansiedade sem o problema de viciar.

2. Exercícios e técnicas de relaxamento

. Porque a ansiedade tem, claramente, um componente físico (principalmente quando se manifesta como um ataque de pânico), as técnicas de relaxamento do corpo são uma parte importante do plano de tratamento. Estes incluem a respiração abdominal, relaxamento muscular progressivo (relaxar grupos musculares do corpo) e bio feedback. Pode aprender estas práticas a partir de qualquer profissional de saúde mental que ensina relaxamento ou redução do stress. O exercício regular também tem um impacto directo em várias condições fisiológicas que fundamentam a ansiedade. O exercício reduz a tensão do músculo-esquelético, metaboliza o excesso de adrenalina e tiroxina no sangue (substâncias químicas que mantêm o doente num estado de excitação) e descarrega a frustração e raiva reprimida.

3. Terapia cognitiva-comportamental

. A terapia cognitiva-comportamental é uma psicoterapia que o ajuda a alterar o seu estado e crença equivocada de ansiedade e que produz mensagens de ansiedade. Por exemplo, dizer para si mesmo: “E se, eu tiver um ataque de ansiedade quando estiver a conduzir para casa?”. Fará com que seja mais provável que isso ocorra. Superar pensamentos negativos envolve a criação de frases positivas, tais como:

“Posso sentir ansiedade mas, mesmo assim posso conduzir “, ou “Eu posso lidar com isto.” O que muitas vezes subjaz à nossa ‘fala negativa’ é um conjunto de crenças negativas de nós próprios e do mundo. Exemplos de tais crenças erradas são: “Eu sou impotente”, “A vida é perigosa”, e “Não devo mostrar os meus sentimentos.” Substituir estas crenças com as verdades pode ajudar a curar as raízes da ansiedade.

4. Monitoramento dieta e nutrição.

Estimulantes como a cafeína e a nicotina podem agravar a ansiedade e deixar o paciente mais propenso a ataques de ansiedade e de pânico. Outros factores dietéticos, como o açúcar, determinados aditivos alimentares e sensibilidades aos alimentos, podem fazer com que algumas pessoas se sintam ansiosas. Uma consulta com um médico nutricionista ou terapeuta pode ajudá-lo a identificar e a eliminar possíveis substâncias ofensivas, da sua dieta e também o pode ajudar a procurar suplementos de ervas (por exemplo, GABA, kava, B vitaminas, chás de camomila e valeriana), que são conhecidos, para acalmar o sistema nervoso. Se sofre de um transtorno de ansiedade grave, deve procurar um médico especializado, no tratamento da ansiedade.

A depressão é um estado de espírito que se caracteriza por um sentido negativo de inadequação e falta de actividade. É um estado mental em que a pessoa experimenta sentimentos de tristeza e crises de humor, que podem ser relativamente transitórios ou devido a algo mais complexo. O comportamento comum inclui sentimentos de tristeza, desespero, baixa auto-estima, auto-recriminação e desânimo.
A depressão é um transtorno mental que inclui alteração do humor, que pode ocorrer diariamente associada à diminuição do interesse ou prazer na maioria ou em todas as actividades. A depressão é como uma árvore que tem muitas raízes!
A chave para a recuperação da depressão é, aproveitar qualquer recurso de energia que tem. Comece com pequenas metas. Pode não ter muita energia, mas provavelmente terá energia suficiente para dar um passeio ou pegar o telefone para ligar a um amigo. Viva a sua recuperação, dia-a-dia, seja paciente e recompense-se a si próprio/a, por cada realização.



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