Como evitar os danos provocados pelos radicais livres – Antioxidantes

O nosso corpo está sujeito a uma barragem constante de ataque, a um nível submicroscópico, dos radicais livres – átomos instáveis, que reagem essencialmente com compostos próximos para recuperarem a estabilidade – que existem tanto no nosso corpo como no ambiente que nos rodeia.

Dentro do nosso corpo, diversos processos metabólicos estão constantemente a produzir radicais livres. Alguns têm um objectivo: as células do sistema imunitário geram radicais livres, por exemplo, para neutralizar as bactérias e os vírus invasores. Mas os radicais livres também podem danificar os próprios componentes das células, como o ADN ou material genético, ou as proteínas das membranas celulares. Estes danos celulares têm uma influência fundamental no processo de envelhecimento e no aparecimento de doenças como o cancro, artrite, doenças cardiovasculares e doença de Alzheimer.

Os perigos ambientais – designadamente as radiações e as substâncias químicas existentes no fumo dos cigarros, no amianto, no carvão e nos herbicidas – também nos expõem mais aos radicais livres. Estes factores ambientais podem constituir uma fonte externa de radicais livres ou aumentar a sua produção no corpo humano. Calcula-se que o ADN de cada célula sofra cerca de 10 mil «ataques» diários dos radicais livres.

Os pulmões são particularmente vulneráveis ao ataque dos radicais livres devido à inalação de muitas substâncias químicas poluentes. Mas também podem entrar no corpo por intermédio dos alimentos que ingerimos ou directamente através da pele (como acontece com as radiações). Depois de entrarem no corpo, podem desencadear uma sequência de activação de enzimas, inflamações e libertação de sinais químicos, que danificam os tecidos.

As pessoas que envelhecem bem podem estar menos sujeitas aos efeitos oxidantes dos radicais livres. Na ilha japonesa de Okinawa, cujos habitantes parecem atingir maior longevidade, os estudos científicos realizados revelam que quem segue métodos de vida tradicionais apresenta níveis inferiores de radicais livres no sangue, possivelmente devido
a uma existência mais saudável, mas também a variações genéticas que os protegem melhor. Para contrariar os efeitos dos radicais livres, o corpo serve-se de antioxidantes – moléculas que reagem com os radicais livres para diminuir os danos que eles causam.
Mas à medida que envelhecemos, os nossos processos antioxidantes tornam-se menos eficazes e por isso temos necessidade de ingerir suplementos de nutrientes antioxidantes.

Como limitar os danos provocados pelos radicais livres

  • Reduza a exposição ambiental.
  • Evite a inalação dos gases libertados pelos tubos de escape dos veículos, que são ricos em cádmio.
  • Reduza a exposição a químicos sintéticos como os insecticidas.
  • Evite metais pesados como o mercúrio,
    o cádmio e o chumbo. Tenha um cuidado especial com o chumbo proveniente de tintas e tubagens velhas, os altos teores de mercúrio existentes em alguns peixes (como o espadarte, o lofolátilo, o tubarão
    e a cavala grande), os resíduos de esgotos, os fertilizantes, os pigmentos e os líquidos das baterias.
  • Evite as radiações ionizantes provocadas pela poluição industrial, a exposição ao sol, os raios cósmicos e os raios X utilizados em medicina.
  • Reduza a produção de radicais livres no corpo, evitando alimentos sobreprocessados ricos em gorduras e açúcares.
  • Aumente a ingestão de nutrientes antioxidantes.


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