As Alterações Fisicas e a Sexualidade

Há anos que o ciclo normal de resposta sexual humana foi caracterizado por Masters e Johnson com uma primeira fase de desejo, seguido de excitação, orgasmo e uma última fase em que, por um determinado período de tempo, não é possível retomar a actividade sexual, denominada resolução.
Ora, com o envelhecimento acontecem inúmeras alterações fisiológicas e biológicas que vão originar alterações compatíveis com essas mudanças. Estas alterações situam-se fundamentalmente num plano quantitativo.
Alterações na produção e acção das hormonas sexuais (estrogénio, progesterona e androgénio) são responsáveis por uma série não linear de modificações, cujo exacto papel está ainda por esclarecer.
Assim, há que ser prudente quando se avaliam alterações sexuais na terceira idade, já que umas são enquadráveis nas normais transformações e outras são consequências directas ou indirectas : de estados patológicos.
A fronteira entre o normal e o patológico nem sempre é totalmente clara. De um modo geral, em ambos os sexos, a duração e intensidade do ciclo de resposta sexual diminui mesmo na ausência de patologia. Alteração da libido ou do desejo sexual é difícil de prever no homem, estando mais usualmente diminuído , na mulher.
No homem, a erecção torna-se mais difícil de alcançar, sendo  necessário maior estímulo visual e táctil. A sua duração e intensidade também são menores.
O orgasmo é mais curto e sentido como menos urgente, necessitando de maior investimento. A fase de resolução pode passar de minutos, a horas ou mesmo dias.
O “climatérico masculino” é uma síndrome rara, só recentemente valorizada e inclui queixas como irritabilidade, perda de memória, alterações na libido e depressão.
Nesta fase da vida, o trabalho e a família costumam estar estabilizados e o homem tem tendência a fazer um balanço sobre o que realizou e o que ficou por realizar, os sonhos que ficou a dever a si mesmo. Pensa no futuro, eventualmente na morte.

Assim, uma mistura de factores conflui na origem desta síndrome, ainda à procura de uma melhor caracterização. Na ausência de um suporte teórico consistente, intervenções psico-terapêuticas são recomendadas para reconhecer os factores psicossociais subjacentes a este problema.
Na mulher, as alterações fisiológicas e biológicas estão fortemente relacionadas com as alterações hormonais, peri e pós-menopausa.
Assim, em resposta ao desejo e excitação, a expansão e lubrificação vaginal podem demorar vários minutos a atingir, o que contribui para o aparecimento de dor sexual e sangramentos pós-coital, queixas comuns nas mulheres desta faixa etária.
Diminui a sensibilidade do clitóris e dos seios. Diminui a duração e intensidade da resposta fisiológica ao estímulo sexual e uma maior estimulação pode ser necessária para atingir o orgasmo. Durante o orgasmo as contracções pélvicas diminuem e podem ser dolorosas devido à atrofia uterina, mas orgasmos múltiplos podem continuar a ser possíveis, principalmente em mulheres com essa experiência. A fase de resolução chega mais rapidamente.
Numa perspectiva mais psicológica, em algumas mas não em todas as mulheres, aparece a irritabilidade, alterações do humor, perturbações do sono e a depressão.
Embora haja falta de estudos e pesquisas, podemos dizer que a vivência da menopausa varia enormemente entre as mulheres, desde as que descrevem diminuição, até às que referem melhoria na sua sexualidade.
Tal como já abordado, actualmente começa-se a alterar a ideia de que a sexualidade da mulher a partir da menopausa está apenas condicionada pelas alterações hormonais e corporais. Embora estes factores tenham importância, cada vez mais devemos valorizar uma série de outros factores, como qualidade da relação, personalidade, experiências passadas, saúde mental, acontecimentos de vida, entre outros.

• De um modo geral a duração e intensidade do ciclo de resposta sexual diminui, salvo a resolução, mesmo na ausência de patologia, o que não impede uma sexualidade feliz e plena.
I • Alteração da libido ou desejo sexual é difícil de prever no homem, estando mais usualmente diminuído na mulher.
No homem, o desejo e a erecção torna-se mais difícil de alcançar, sendo necessário maior estímulo visual e táctil. A sua duração e intensidade também são menores.
Em ambos os sexos, o orgasmo é mais curto, necessitando de maior investimento.

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