Propriedades medicinais da Erva-dos-escudos

erva-dos-escudos

Erva-dos-escudos

Lysimachia nummularia L. Primuláceas

Identificação: A erva-do-escudos chega a atingir 0,20 a 0,70 m de altura. Vivaz, caule rastejante radicante; folhas elípticas, cordiformes, opostas, subsésseis, dispostas horizontalmente; flores amarelo-douradas (Junho-Agosto), 2 em cada nó, grandes, pedunculadas, cálices com 5 sépalas cordiformes, corola de uma só peça com 5 lóbulos, 5 estames inseridos na corola, ovário unilocular; cápsula rara nas regiões do Sul, com numerosas sementes; multiplicação por fragmentação.

Partes utilizadas: planta inteira (Junho-Agosto), secagem à sombra.

Componentes: tanino, mucilagem, saponósido, enzima (primeverase), sais minerais, principalmente de silício e de potássio

Propriedades medicinais: adstringente, vulnerário.

Usada no tratamento: boca, diarreia, ferida, hemorragia, hemorróidas.

Habitat: Europa, excepto nas montanhas, prados húmidos, pomares, bosques húmidos com clareiras, bermas de fossos; até 1200 m.

Para encontrar a erva-dos-escudos, é necessário procurá-la, pois todo o comprido caule rastejante desta pequena planta permanece colado ao solo e os pedúnculos florais não excedem 5 cm de altura. Cresce em locais frescos e húmidos, frequentemente ao abrigo de ervas de maior altura. Uma das suas particularidades botânicas consiste em que raramente produz sementes, multiplicando-se por meio de estolhos. O nome de Lysimçichia advém-lhe provavelmente de Lysimachos, médico da Antiguidade, que, supõe-se, a descobriu e revelou as suas propriedades; nummularia, do latim num/nula, pequena moeda, alude à forma das folhas, ligeiramente arredondadas como uma moeda. O nome vulgar, erva-dos-cem-males, que lhe é atribuído em França, lembra a fama de panaceia de que a planta gozava na Idade Média e no século XVI. Votadas ao esquecimento no século XIX, as suas propriedades foram de novo reconhecidas por um médico alemão. Os pastores dos arredores de Heidelberga administravam-na, depois de pulverizada, às ovelhas como preventivo da tuberculose. Esta planta possibilita aos fitoterapeutas a obtenção de curas eficazes de doenças como a gota e o reumatismo.



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